233 A, 720 Khalos! | 2017/2018/2019/2020/2021/2022/2023 em circulação
Temporada no Teatro do Centro Dragão do Mar
8 a 21de janeiro de 2020 as 20h. R$10 meia
release:
233-A, 720 Khalos
Um labirinto reabitado, um caminho percorrido. Uma historia escrita com dança!
“233 A, 720 Khalos”, um território, um endereço fixo e varias historias, vestidas de dores. Perdas acumuladas e sonhos desenfreados de uma mente que segue voando com um corpo que parece pedir para parar. Uma mulher com uma trilha que ficou no passado, e tem no presente uma trilha habitada por obstáculos, coberta por estrias e tatuada de cicatrizes. Um corpo segmentado e cheio de dores. Mas esse corpo insiste em dançar! Um percurso de brincante de um corpo que salta na mente e no espaço, dar lugar a esse corpo oprimido, preso com poucas possibilidades de movimento. Busca aproximação de territórios parecidos. Acha em algumas mulheres, que escreveram seus nomes na historias, trilhas interessantes e diferentes formas de lidar e experenciar a “RESILIENCIA”. Se apaixona por Frida Khalo, o que as liga esta no corpo. Sempre achou que seus “monstros” não achariam parceiros.... Mas Frida a aproximou dessa possibilidade e a introduziu ao surrealismo, conheceu Salvador Dali, Labirintos e Minotauros são as imagens que permeiam sua mente desde o inicio dessa expedição por Frida e Dali. Um estudo por ambos, mesmo que sem tanta profundidade de abordagem, a apontaram uma trilha: ambos em seus tempos, tiveram as terras marroquinas como território de fuga, inspiração e porque não "esconderijo". Isso a fascinou! Sua historia esta vestida de África, pelo menos aquela que conheceu no Brasil. E lá fui ela, em janeiro de 2017, fazer o trecho marroquino feito por ambos: Barcelona para Marrocos e de lá: Marrakesh, Casa Blanca, Fés, Chefchouen, Deserto de Sahara e Oazananate. Dezesseis dias de mergulho em cidades, pessoas, costumes, deserto, modos de existir, "burcas", "rituais" e modos de ser. Ela tem ai uma pesquisa prática, impressa no corpo e na alma, mas precisando de relato escrito e produto final. Muitas questões a habitaram: Que corpo suporta tanta dor e habita tamanha "resiliência", ali viu na mulher marroquina com o uso da burca muito a se pensar, o passeio pelas medinas, que são verdadeiros labirintos, a fez habitar medo, um corpo no labirinto tem muito a nos dizer, pensou ela! O monocromático do deserto de Sahara, com sua paisagem sonora tão ligada ao vento, provocando diferentes sonoridades, fez aflorar personagens mil em sua mente. Terá Dali vivido isso quando de sua obra a "garota na Janela", a obra mais divergente de toda a sua obra surrealista? São esses personagens, que acordaram nela que de fato a habita? Essa obra desvenda o mistério da sistematização da pesquisa. Do desenho da dramaturgia, o que de fato quis como resultado. Convidou Andrea Bardawil para lhe dirigir, Margô Assis pra ser sua Tutora, Marcelo Paes de Carvalho pra dirigir a parte videogrfáfica, Rodrigo Claudino pra dirigir a música e Carina Santos, também integrante da Cia Vatá pra assistir na escuta e direção da obra. E nasce assim “233 A, 720 Khalos”.
Porque Cia. Vatá investe num Solo?
Ao longo desses últimos 17 anos de trabalhos em dança, desenvolvido com a Cia. Vata no Ceara, tivemos poucas oportunidades de um laboratório organizado e sedimentado na pesquisa. O Laboratório em Dança do Porto Iracema nos colocou diante desse território, onde o fazer, o encontro, a disciplina do mergulho rumo ao argumento livremente escolhido, o compromisso com a instituição e as pessoas envolvidas nos apontaram pra um “jeito” de operar diferente do que trabalhamos esse tempo inteiro. Nascia o “fazer solo”, “ser o argumento e o corpo”.
Existe a pesquisa feita in loco, esta bem sedimentada no corpo, os estados que ela provocou a partir da experiência por medinas, por Riad, por Mesquitas, a burca, o deserto de Sahara, os estados apreendidos no corpo, na alma e no espirito. Entrou no estúdio, com todos os envolvidos e descobriram e caminharam rumo a uma dramaturgia que desse conta desse labirinto “cura”, quase uma auto-biografia, que é a obra, que foi tirarada desses estados, apreendidos num corpo prestes a completar 58 anos.
“233 A, 720 Khalos”, é uma pesquisa que me colocou em estado de "tubo de ensaio", onde Frida Khalo, Salvador Dali, Resiliência, Universo feminino e opressão, estão ali como matéria prima, e desde 2002 venho alimentando essa pesquisa e colocando atributos ao que armazeno nesse “tubo de ensaio”. A Mulher e o território feminino, opressão, minorias e tudo que de alguma forma envolve esse universo passou a me interessar ainda mais fortemente no memento em que completei meio século de vida, dos quais 30 na dança. O que me importa dentro do território dos movimentos do corpo com 57 anos ou quase 58? E quando esse corpo esta doente, mas a mente voa? E como resistir ao aqui agora e seus vetores que influenciam todos os elementos ali depositados no meu “tubo de ensaio”?
Hoje com 58 anos, inspirada na resiliência de Frida Khalo, que parecem ter parentescos com os meus próprios personagens imaginários, entrei de cabeça numa trilha, cuja investida na bibliografia de me foi apontada. Uma expedição á Marrocos, e diferentes estados de corpo vividos nos labirintos das Medinas, o impedimento de habitar as Mesquitas, Riads e seus castelos escondidos, inquietudes com as burcas, a opressão vivida por mulheres e os tantos personagens que me habitaram no Deserto de Sahara desenharam uma possibilidade de trabalho dentro desses tantos elementos que guardei nesse “tubo de ensaio”.
E desse meu "tubo de ensaio” nasceu “233 - A, 720 Khalos”.
Um labirinto reabitado, um caminho percorrido. Uma historia escrita com dança!
“233 A, 720 Khalos”, um território, um endereço fixo e varias historias, vestidas de dores. Perdas acumuladas e sonhos desenfreados de uma mente que segue voando com um corpo que parece pedir para parar. Uma mulher com uma trilha que ficou no passado, e tem no presente uma trilha habitada por obstáculos, coberta por estrias e tatuada de cicatrizes. Um corpo segmentado e cheio de dores. Mas esse corpo insiste em dançar! Um percurso de brincante de um corpo que salta na mente e no espaço, dar lugar a esse corpo oprimido, preso com poucas possibilidades de movimento. Busca aproximação de territórios parecidos. Acha em algumas mulheres, que escreveram seus nomes na historias, trilhas interessantes e diferentes formas de lidar e experenciar a “RESILIENCIA”. Se apaixona por Frida Khalo, o que as liga esta no corpo. Sempre achou que seus “monstros” não achariam parceiros.... Mas Frida a aproximou dessa possibilidade e a introduziu ao surrealismo, conheceu Salvador Dali, Labirintos e Minotauros são as imagens que permeiam sua mente desde o inicio dessa expedição por Frida e Dali. Um estudo por ambos, mesmo que sem tanta profundidade de abordagem, a apontaram uma trilha: ambos em seus tempos, tiveram as terras marroquinas como território de fuga, inspiração e porque não "esconderijo". Isso a fascinou! Sua historia esta vestida de África, pelo menos aquela que conheceu no Brasil. E lá fui ela, em janeiro de 2017, fazer o trecho marroquino feito por ambos: Barcelona para Marrocos e de lá: Marrakesh, Casa Blanca, Fés, Chefchouen, Deserto de Sahara e Oazananate. Dezesseis dias de mergulho em cidades, pessoas, costumes, deserto, modos de existir, "burcas", "rituais" e modos de ser. Ela tem ai uma pesquisa prática, impressa no corpo e na alma, mas precisando de relato escrito e produto final. Muitas questões a habitaram: Que corpo suporta tanta dor e habita tamanha "resiliência", ali viu na mulher marroquina com o uso da burca muito a se pensar, o passeio pelas medinas, que são verdadeiros labirintos, a fez habitar medo, um corpo no labirinto tem muito a nos dizer, pensou ela! O monocromático do deserto de Sahara, com sua paisagem sonora tão ligada ao vento, provocando diferentes sonoridades, fez aflorar personagens mil em sua mente. Terá Dali vivido isso quando de sua obra a "garota na Janela", a obra mais divergente de toda a sua obra surrealista? São esses personagens, que acordaram nela que de fato a habita? Essa obra desvenda o mistério da sistematização da pesquisa. Do desenho da dramaturgia, o que de fato quis como resultado. Convidou Andrea Bardawil para lhe dirigir, Margô Assis pra ser sua Tutora, Marcelo Paes de Carvalho pra dirigir a parte videogrfáfica, Rodrigo Claudino pra dirigir a música e Carina Santos, também integrante da Cia Vatá pra assistir na escuta e direção da obra. E nasce assim “233 A, 720 Khalos”.
Porque Cia. Vatá investe num Solo?
Ao longo desses últimos 17 anos de trabalhos em dança, desenvolvido com a Cia. Vata no Ceara, tivemos poucas oportunidades de um laboratório organizado e sedimentado na pesquisa. O Laboratório em Dança do Porto Iracema nos colocou diante desse território, onde o fazer, o encontro, a disciplina do mergulho rumo ao argumento livremente escolhido, o compromisso com a instituição e as pessoas envolvidas nos apontaram pra um “jeito” de operar diferente do que trabalhamos esse tempo inteiro. Nascia o “fazer solo”, “ser o argumento e o corpo”.
Existe a pesquisa feita in loco, esta bem sedimentada no corpo, os estados que ela provocou a partir da experiência por medinas, por Riad, por Mesquitas, a burca, o deserto de Sahara, os estados apreendidos no corpo, na alma e no espirito. Entrou no estúdio, com todos os envolvidos e descobriram e caminharam rumo a uma dramaturgia que desse conta desse labirinto “cura”, quase uma auto-biografia, que é a obra, que foi tirarada desses estados, apreendidos num corpo prestes a completar 58 anos.
“233 A, 720 Khalos”, é uma pesquisa que me colocou em estado de "tubo de ensaio", onde Frida Khalo, Salvador Dali, Resiliência, Universo feminino e opressão, estão ali como matéria prima, e desde 2002 venho alimentando essa pesquisa e colocando atributos ao que armazeno nesse “tubo de ensaio”. A Mulher e o território feminino, opressão, minorias e tudo que de alguma forma envolve esse universo passou a me interessar ainda mais fortemente no memento em que completei meio século de vida, dos quais 30 na dança. O que me importa dentro do território dos movimentos do corpo com 57 anos ou quase 58? E quando esse corpo esta doente, mas a mente voa? E como resistir ao aqui agora e seus vetores que influenciam todos os elementos ali depositados no meu “tubo de ensaio”?
Hoje com 58 anos, inspirada na resiliência de Frida Khalo, que parecem ter parentescos com os meus próprios personagens imaginários, entrei de cabeça numa trilha, cuja investida na bibliografia de me foi apontada. Uma expedição á Marrocos, e diferentes estados de corpo vividos nos labirintos das Medinas, o impedimento de habitar as Mesquitas, Riads e seus castelos escondidos, inquietudes com as burcas, a opressão vivida por mulheres e os tantos personagens que me habitaram no Deserto de Sahara desenharam uma possibilidade de trabalho dentro desses tantos elementos que guardei nesse “tubo de ensaio”.
E desse meu "tubo de ensaio” nasceu “233 - A, 720 Khalos”.
Ficha Técnica |
Ficha Técnica
Valéria Pinheiro – Intérprete Criadora Andréia Bardawil - Direção Margô Assis - Tutoria Marcelo Paes de Carvalho – Direção Audiovisual Rodrigo Claudino – Direção Musical Carina Santos – Integrante da Cia. Vatá (colaboração) Marcos Alexandre - Cenotécnica e Direção de Cena Marcos Alexandre ou Angélica Nunes - Operação de Luz |
Apresentação no Cine Teatro São Luiz - 6 janeiro de 2018 (clics de JairCozta)
Fotos de Marcelo Paes de Carvalho e Andrea Bardawil
Portfólio 233 A, 720 Khalos
233_a_720_khalos__1_.pdf | |
File Size: | 4657 kb |
File Type: |